Ele nos ensinou a orar... Ele nos ensinou a viver!
- Rev. Jorge Luiz Perim
- 14 de nov. de 2016
- 5 min de leitura
Mateus 6:9-15 (ECA)
“Portanto, vós orareis assim: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome, venha o teu Reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dá hoje. Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. Não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. Porque teu é o Reino e o poder, e a glória, para sempre. Amém! Pois se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós. Porém se não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial não perdoará as vossas”.
Ele nos ensinou a orar... Ele nos ensinou a viver!
Este fora um momento sublime na história do novo colégio apostólico. Eles estavam diante de Alguém que conhecia o valor da oração, e mais que isso, Alguém que conhecia a significância da vida: com olhar singular e audiência perenal, eles admiravam e ouviam o Mestre, o Autor da Vida, a própria Vida: Jesus Cristo! E foi com Jesus que descobriram algo singelo e necessário para sua existência humana: aprender a viver! Excelente coisa é viver! E claro, com Jesus descobriram também algo ainda mais nobre e precioso, indispensável a uma vida melhor: o maravilhoso privilégio de orar! Orar e viver certamente foram as duas grandes lições aprendidas neste insigne momento. Orar e viver são duas decisões, consequentemente duas atitudes e, resolutoriamente dois comportamentos da realidade humana de cada ser, são momentos preciosos que tornam a nossa história prazerosa e definem para ela um final feliz.
Na presença do Filho de Deus, assistindo ao seu exemplo e ouvindo suas orientações, os novos cristãos aprenderam que vida e oração caminham juntas e inseparáveis. Certamente perceberam que a vida torna-se solitária distanciada da oração, mesmo para os que vivem em meio às multidões. Assim, ao simples pedido de um discípulo: “Senhor, ensina-nos a orar”5, o bom Mestre respondeu com a mais sublime lição de vida. Mais que orar, Jesus, agora, estava nos ensinando a viver. Sendo Mestre por excelência, tinha muito, na verdade, tudo a nos ensinar, e sabia que a maior necessidade do homem era aprender a viver, e claro, desejava que nós pudéssemos experimentar a vida de maneira abundante e eterna.
A resposta fora tanto racional quanto espiritual e mais imprescindível que o pedido: embora os discípulos quisessem aprender a orar, Jesus estava interessado e determinado em ensinar-lhes a viver. O Autor da vida não poderia ter outro mais excelente propósito do que transmitir as razões da existência aos seus amados discípulos. E então, dizendo-lhes: “Portanto, vós orareis assim”; torna as palavras da Oração-modelo as mais preciosas lições de vida diária jamais oferecida aos homens.
Somente Jesus poderia exprimir sua áurea lição de vida, reconhecendo o “Pai nosso que está nos céus”: isto era louvor pretenso dos religiosos, o título de filhos do Pai Celestial. Contudo, chamar a Deus de Pai requer mais que um relacionamento informal e natural. É importante bem como prestigioso ao homem reconhecer e evocar a paternidade de Deus, pois, em verdade, assim o fazemos requerendo seu cuidado paterno, sua proteção, seu consolo, sua herança e os benefícios que, todos sabemos, um Pai maravilhoso como Este pode conceder aos seus filhos.
Todavia, aprender a viver é mais significante oração do que o mero e vazio ato religioso de orar – tão comum na vida da maioria Igrejista –, é reconhecer ao SENHOR Todo Poderoso como “O Pai” que nos oferece algo mais que a presença paternal consoladora ou protetora; é mais que ter ao lado um Salvador; chamar a Deus de Pai – Aba – destaca nosso dever de submissão e de obediência Àquele que nos gerou – de novo –10.
João 1:3
João 14:6
Romanos 14:7-9
Lucas 6:12
Lucas 11:1
João 10:10
João 5:24
Mateus 6:9
João 1:12-13
Romanos 8:15-17
A vida cristã é maravilhosa! Um estilo de vida cujo fardo é leve e cujo jugo é suave deve ser desejado por todos os que estão oprimidos e sobrecarregados por um mundo de ansiedade e tortura moral e psicológica diariamente:
“Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”.
Mateus 11:28-30
Para o Messias, a vida cristã eficaz reproduz o verdadeiro reconhecimento da comunhão e da natureza que temos do Pai Celeste. João viu, ouviu e assim expressou este estilo de vida:
“... a vida foi manifestada, e nós a vimos... e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai, e nos foi manifestada... para que tenhais comunhão conosco... e a nossa comunhão é com o Pai e com Seu Filho Jesus Cristo”.
I João 1:3-4
“Isto vos ordeno: amai-vos uns aos outros”.
João 15:12,17
Simão Pedro também estava lá; as palavras do Mestre ficaram arquivadas em sua memória, e quando produziram maturidade em sua mente, tornando-o um homem espiritual, assim ele as descreveu:
“Como filhos obedientes, não vos conformeis com as concupiscências que antes tínheis na vossa ignorância. Mas como é santo Aquele que vos chamou, sede vós também santos em todo o vosso procedimento”.
I Pedro 1:14-15
Ahhh! Eles entenderam tudo, tudo mesmo: Entenderam que filhos são seres que manifestam comunhão com o seu pai; filhos possuem a mesma natureza de seu pai. O “Pai nosso” que está nos céus gerou filhos que o conhecem, que o amam, que o desejam, que o respeitam, que fazem do orar um relacionamento pessoal, íntimo, perene, sempre crescente e maduro, capaz de imprimir nos filhos a identidade do Pai.
Deste modo... diz o Simão que se tornou Pedro:
“... Ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas vos torneis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo”.
II Pedro 1:4
Pois, portanto, além da comunhão, os filhos destacam a mesma natureza de seu Pai, e agora, encontramos Jesus, ensinando isto, quando diz: “santificado seja o teu nome”... ou seja, não é apenas a expressão verbal de dizer com palavras que “Deus é Santo”, é mais que isso, é a expressão viva de quem aprendeu a viver o estereótipo de Cristo de tal maneira, que, sem palavras, sua própria existência declare que o Pai é Santo, pois os filhos têm o DNA do seu Pai, e os filhos de Deus são tão santos quanto seu PAI o é!.
“Santificado seja o teu nome”... que palavras sublimes!
Não é apenas uma oração, e sim, uma declaração do que o PAI gerou na terra, filhos conforme sua imagem e semelhança, santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos como ELE é santo, santos em toda a sua maneira de viver.
I Pedro 1:16
Em verdade, Deus não tem nenhum filho que não seja santo! Os apóstolos aprenderam isso: sem santidade ninguém verá ao PAI, pois sem santidade não há geração, regeneração nem filiação. O que o MESTRE e Filho Unigênito do Pai estava ensinando, não era apenas uma oração modelo, mas, o modelo correto de se viver a vida.
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